Maduro afirma que não irá ceder o poder à oligarquia e ao fascismo.
O presidente Nicolás Maduro afirmou nesta segunda-feira que seu governo não cederá a Venezuela ao imperialismo, nem permitirá que o poder político seja entregue à oligarquia e ao fascismo. Em um discurso durante o Conselho de Defesa e de Estado, realizado no Salão Sucre da Casa Amarela, Maduro destacou a importância de as instituições agirem com rigor contra os responsáveis pela violência que eclodiu após as eleições.
Maduro enfatizou que seu governo não trairá o povo venezuelano e que este não é o momento para traições. Ele ressaltou a necessidade de coragem e união entre as instituições e a população para enfrentar o que chamou de "fascismo" que se manifestou no país. Segundo o presidente, embora nem todos os eleitores da oposição apoiem a violência, havia um plano por trás das promessas enganosas que levaram ao tumulto pós-eleitoral.
O presidente questionou o paradeiro dos responsáveis pela violência e criticou líderes oposicionistas como Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, acusando-os de fomentarem a instabilidade no país. Maduro afirmou que seu governo conseguiu evitar um banho de sangue e garantiu que a justiça alcançará os autores intelectuais e financiadores dos atos violentos, destacando que não pode haver impunidade desta vez.
Além disso, Maduro defendeu um controle mais rígido sobre as redes sociais, alegando que elas disseminam antivalores na sociedade, e anunciou planos para criar leis que protejam a paz e a harmonia no país. Ele também mencionou estar temporariamente impedido de fazer transmissões pelo TikTok e criticou os administradores da plataforma.
Maduro pediu ao presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, que acelere a aprovação de leis contra o fascismo e o ódio na Venezuela. O país realizou eleições presidenciais em 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro como vencedor com pouco mais de 51% dos votos. A oposição, no entanto, alega que seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos e denuncia fraude eleitoral, exigindo uma verificação independente dos resultados.
A contestação dos resultados levou a protestos nas ruas, que foram reprimidos pelas forças de segurança, resultando em mais de duas mil detenções e 25 mortes... Continuar