Dificuldades para liberação do corpo de Elvino Dias no HCM geram revolta e suspeitas entre familiares

Dificuldades para liberação do corpo de Elvino Dias no HCM geram revolta e suspeitas entre familiares

A família e os amigos do advogado Elvino Dias, que também era assessor político de Venâncio Mondlane, estão enfrentando dificuldades para liberar o corpo do ente querido na morgue do Hospital Central de Maputo (HCM). 

Elvino foi brutalmente assassinado no dia 19 de outubro de 2024, na capital moçambicana, em um crime que abalou a cidade e levantou questionamentos sobre a segurança e a justiça no país.

Segundo fontes próximas, as autoridades hospitalares informaram à família que estão aguardando "ordens superiores" para autorizar a liberação do corpo, o que tem gerado frustração e revolta.

 Além da dor pela perda, os familiares estão impossibilitados até mesmo de realizar o velório e o enterro, pois não conseguem sequer ter acesso ao corpo para a sua identificação.

 Esse bloqueio das autoridades alimenta suspeitas entre os parentes, que temem que o caso possa estar sendo tratado de forma obscura, dada a importância política da vítima.

A tragédia envolvendo Elvino Dias ocorre em um cenário de crescente violência política em Moçambique, com o aumento de denúncias sobre a atuação dos chamados "esquadrões da morte". 

Esses grupos são suspeitos de estarem envolvidos em execuções direcionadas a figuras da oposição política, especialmente no contexto das tensas eleições realizadas no dia 9 de outubro de 2024.

 O assassinato de Elvino Dias parece seguir esse padrão, já que ele mantinha estreitos laços com Venâncio Mondlane, uma importante figura da oposição.

Outro elemento que tem intrigado as autoridades e gerado apreensão entre os familiares é o desaparecimento da viatura de Elvino. 

Até o momento, o carro da vítima não foi localizado, e a hipótese de que o veículo contenha pistas importantes sobre o crime só aumenta o clima de incerteza.

 Investigações estão em curso para tentar encontrar o automóvel, mas os avanços até agora parecem lentos, o que faz crescer as suspeitas de que o caso esteja sendo propositalmente retardado.

A retenção do corpo, sem explicações convincentes, e a demora na investigação estão sendo vistas por muitos como possíveis sinais de obstrução deliberada do caso.

 Com o ambiente político cada vez mais tenso e acusações crescentes de repressão e perseguição a figuras ligadas à oposição, os familiares e amigos de Elvino Dias clamam por justiça e transparência. 

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A dor da perda se intensifica com a sensação de impunidade e a falta de respostas, deixando a comunidade em alerta e aumentando a pressão sobre as autoridades para que esclareçam o caso o quanto antes. LEIA MAIS 

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