Venâncio Mondlane Acusa Forças de Defesa e Segurança de Assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe
O candidato presidencial Venâncio Mondlane fez graves acusações contra as Forças de Defesa e Segurança (FDS), afirmando que há provas claras de que foram elas as responsáveis pelos assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe.
Os dois jovens foram mortos recentemente, em circunstâncias que geraram comoção e indignação no país, e Mondlane alega que os responsáveis pelo crime retornaram ao local para eliminar qualquer evidência que pudesse incriminá-los.
De acordo com o político, entre as provas recolhidas pelos autores do crime estão telemóveis de pessoas que teriam filmado a ação.
Mondlane sublinhou que esse esforço para apagar evidências é um indicativo da intenção de ocultar a verdade sobre o envolvimento das FDS nos assassinatos, o que lança uma sombra sobre o comportamento das forças estatais neste período conturbado.
Mondlane, que é uma das vozes mais críticas em relação ao governo atual, garantiu que as mortes de Elvino Dias e Paulo Guambe representam o início de uma onda de represálias que, segundo ele, está diretamente ligada à greve marcada para a próxima segunda-feira.
Para o candidato presidencial, esse ato trágico não é um incidente isolado, mas parte de um plano maior de repressão contra a dissidência e os movimentos sociais que têm ganhado força no país.
Esses dois jovens foram mortos como parte de uma vingança. E esse é apenas o começo. O que está por vir será ainda mais violento, especialmente com a greve iminente, alertou Mondlane.
Ele reforçou que o país está prestes a viver momentos críticos, em que a tensão entre o governo e a sociedade civil pode escalar para níveis perigosos.
As acusações de Mondlane trouxeram ainda mais tensão a um cenário já delicado, com manifestações populares sendo organizadas em diversas cidades do país em protesto contra a violência policial e a repressão política.
No entanto, as autoridades ainda não se pronunciaram sobre as alegações feitas pelo candidato.
A greve mencionada por Mondlane, marcada para segunda-feira, tem sido amplamente divulgada por diversos movimentos sociais e sindicais, que prometem uma paralisação nacional em protesto contra as políticas do governo e o aumento da repressão estatal.
Observadores políticos alertam que este pode ser um ponto de viragem para o país, com possíveis confrontos entre manifestantes e forças de segurança, especialmente após as declarações de Venâncio Mondlane.
A crescente onda de violência, aliada às denúncias de repressão, coloca o país em alerta máximo, com a sociedade a aguardar os próximos desdobramentos deste tenso momento político. LEIA MAIS