Penitenciária de Maputo envolvida em caso de assassinato: A fuga de Edson Sílica e o assassinato de Dr. Elvino Dias

Penitenciária de Maputo envolvida em caso de assassinato: A fuga de Edson Sílica e o assassinato de Dr. Elvino Dias

O Estabelecimento Penitenciário Preventivo de Maputo, anteriormente conhecido como Cadeia Civil de Maputo, está sendo acusado de cumplicidade no assassinato do Dr. Elvino Dias. A acusação surge após a libertação de Edson Sílica, condenado por matar o ativista Matavel em Xai-Xai, que estava cumprindo uma pena de 24 anos nesta prisão.

De acordo com informações, no dia 15 de outubro, Sílica foi autorizado a sair da prisão sob o pretexto de ir trabalhar em uma machamba (terreno agrícola) na companhia de outro detento. No entanto, o recluso não retornou no dia combinado e só voltou à prisão no dia 19 de outubro, quatro dias depois, trazendo consigo compras.

A situação levantou várias questões, especialmente sobre a falta de autorização formal para a saída de Sílica, uma vez que ele cumpre uma pena longa e ainda não havia completado nem cinco anos de prisão. Além disso, a machamba mencionada não apresentava condições adequadas para que os detentos pernoitassem, o que levanta dúvidas sobre o local onde Sílica permaneceu durante esse período.

A cadeia de Maputo, que funciona como estabelecimento penitenciário preventivo, não possui estrutura para acomodar uma machamba. No entanto, de acordo com relatos, o chefe do Departamento de Administração e Finanças, juntamente com o diretor da prisão, estariam usando a área para fins pessoais, levando funcionários para trabalhar no cultivo e se beneficiando financeiramente da venda dos produtos colhidos, enquanto os servidores públicos eram obrigados a consumir alimentação de baixa qualidade.

A responsabilidade pela liberação de Sílica, segundo as denúncias, recai sobre o chefe do Departamento de Operações, conhecido como Arlindo Samuel, que estava substituindo o comandante-geral durante suas férias. Após perceberem a gravidade da situação, os responsáveis pela liberação de Sílica teriam tentado apagar todas as provas, incluindo registros e imagens de câmeras de segurança que documentavam sua saída da prisão.

Diante desses fatos, a população e a Polícia Nacional de Moçambique exigem que a justiça seja feita e que os envolvidos na falha de segurança e na possível conivência no caso de assassinato sejam responsabilizados. Ver mais 

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