Venâncio Mondlane Acusa ministro dos me estrangeiros de Portugal (Paulo Rangel) de Manipulação da Opinião Pública

Venâncio Mondlane Acusa ministro dos me estrangeiros de Portugal (Paulo Rangel) de Manipulação da Opinião Pública

O candidato presidencial moçambicano, Venâncio Mondlane, acusou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, de parcialidade e de tentar manipular a opinião pública a respeito da situação pós-eleitoral em Moçambique. A crítica foi feita durante uma transmissão ao vivo em sua página oficial no Facebook, onde Mondlane afirmou que Rangel não tem se envolvido de forma significativa no processo de diálogo no país e tem adotado uma postura negativa em relação a ele.

"Não há trabalho feito da sua parte em relação ao diálogo em Moçambique. Pelo contrário, o senhor sempre foi parcial, com posições que considero lamentáveis e adjetivos contra minha pessoa", disse Mondlane, destacando que o ministro português tem se posicionado de forma ríspida e desrespeitosa.

Paulo Rangel está previsto para chegar a Maputo nesta quarta-feira, onde representará o Governo português na cerimônia de posse de Daniel Chapo, o novo presidente da República de Moçambique, eleito conforme os resultados proclamados pelo Conselho Constitucional, que Mondlane não reconhece. O candidato também aproveitou a oportunidade para destacar a ausência de outros representantes de alto escalão de Portugal no evento, criticando a escolha de Rangel para a missão.

Mondlane relatou que o único contato com o ministro português foi em 12 de janeiro, em uma chamada telefônica breve, durante uma reunião com o embaixador de Portugal em Moçambique. Para o candidato, essa interação não justifica as declarações de Rangel sobre manter "contatos contínuos" no contexto da crise pós-eleitoral, que tem sido marcada por manifestações e violência.

O candidato também acusou o ministro de tentar enganar a opinião pública, afirmando que, desde o início das tensões pós-eleitorais em outubro de 2024, Rangel não fez nada para contribuir para a resolução da crise, apesar de Mondlane ter manifestado publicamente a intenção de envolver Portugal como intermediário.

A eleição de Daniel Chapo, que obteve 65,17% dos votos, foi anunciada pelo Conselho Constitucional, mas é amplamente contestada, com Mondlane alegando ter vencido o pleito, apesar de o órgão oficial ter atribuído apenas 24% dos votos a ele. Os protestos em várias partes do país, com barricadas e confrontos com a polícia, refletem a crescente insatisfação popular com os resultados, enquanto Mondlane e seus apoiadores exigem a "reposição da verdade eleitoral". Ver mais 

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