VENÂNCIO MONDLANE DEFENDE QUE LUTARÁ ATÉ ÀS ÚLTIMAS CONSEQUÊNCIAS
O candidato presidencial Venâncio Mondlane regressou esta quinta-feira à cidade de Maputo, após dois meses e meio a liderar a contestação aos resultados das eleições gerais a partir do exterior.
A sua chegada ao Aeroporto Internacional de Maputo foi marcada por um forte esquema de segurança.
Momentos antes do desembarque de Mondlane, a Unidade de Intervenção Rápida (UIR) dispersou apoiantes concentrados nas proximidades do aeroporto, lançando gás lacrimogéneo.
Em declarações à imprensa, Venâncio Mondlane justificou o seu regresso ao país com três objectivos principais.
O primeiro, segundo ele, é desmentir as alegações de que estaria a evitar o diálogo por permanecer fora do país. “Agora, se quiserem negociar comigo, já podem chamar-me à mesa”, afirmou.
O segundo motivo, segundo Mondlane, é a denúncia de que o regime está a “eliminar silenciosamente” os seus apoiantes. “As pessoas que me apoiam estão a ser executadas”, declarou.
Mondlane também mencionou que pretende visitar valas comuns e usar a sua voz para defender os moçambicanos que têm sido vítimas de violência.
O candidato sublinhou ainda que deseja estar presente em todos os momentos, “bons e maus”, ao lado dos moçambicanos, reforçando o seu compromisso com a luta política. “Eu vou lutar até às últimas consequências.
Não entrei nesta luta para obter benefícios materiais ou financeiros, mas pelo povo moçambicano”, afirmou.
Quanto ao seu vínculo com o partido PODEMOS, Mondlane negou qualquer conflito interno. “Não tenho problema nenhum com o PODEMOS. Continuo firme no partido”, concluiu. LEIA MAIS